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Maker
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Continuando a série iniciada com ESP32 nesse outro artigo, vamos ver agora como programar Arduino com o Ardublock. Se não leu o artigo anterior, recomendo. Apesar de ter feito os testes com ESP32, outras plataformas são suportadas. Já no Ardublock, "me parece" que só Arduino, até agora.
O Ardublock é algo como um "plugin" para ser utilizado a partir da IDE do Arduino. Trata-se de um programa escrito em java, portanto, multiplataforma. Conta com uma série interessante de recurso e periféricos sensores e atuadores, mas como já experimentei outras IDEs de programação em bloco, posso enxergar também os pontos negativos. Discorro.
Em diversos aspectos as interfaces de programação em bloco são similares. Uma vantagem do Ardublock é que para os resistentes ao idioma inglês, a interface é em português. Já nisso há também pontos negativos, mas é um ponto de vista pessoal que compartilho com você. Faça suas próprias considerações.
Apesar de estar em português, não ficou mais intuitivo. A interface nomeia os menus de uma forma um pouco estranha. Por exemplo, no menu Controle temos o bloco das funções Setup/Loop, que é chamado de "Programa". Tudo é programa na composição dos blocos. Ainda nesse menu temos o delay (para gerar as "pausas") e as condicionais. Eu penso que cada um dos três são coisas distintas.
No menu Pinos temos a utilização direta dos pinos, sem configurar direção. Isso simplifica a lógica, mas a mensagem não faz muito sentido para quem está iniciando, principalmente para crianças, sendo que para baixar o estado de um pino o bloco tem a identificação "seta pino digital". A palavra "seta" é uma adaptação porca de "set", que caberia bem "colocar pino digital", "ligar pino digital", "assinalar pino digital", "acertar pino digital", "pôr pino digital" ou "colocar pino digital". Tudo, menos "setar".
Uma coisa interessante é a possibilidade de adicionar código através de um bloco. Como a IDE não pode suprir todas as possibilidades, a adição manual de código é realmente auxiliadora. Nesse menu podemos definir a localização do código, de forma global, setup ou loop. O ponto negativo é que o código global está sendo chamado de "header". Não sei se convém esse nome.
Um diferencial do Ardublock em relação a outras IDEs é a diversidade dos dispositivos periféricos disponíveis, como kits da Tinker, DFRobot e Seed Studio. Mas em relação a display, encontrei apenas o 16x2, enquanto o KB IDE e o TunIOT tem também OLED.
Não sei por qual razão, mas o sensor ultrassônico está no menu "Mecânica".
O arquivo tem formato próprio e a partir dele não se pode gerar o código em C natural. O arquivo é salvo no formato XML e pode ser carregado novamente no Ardublock. Achei negativo pelo fato de não permitir assim que o usuário veja o resultado, ou que melhore o código, ou que aprenda como é feito na programação. O que é carregado na IDE recebe macros específicas, perdendo a clareza do processo real de programação direta na IDE do Arduino.
O primeiro passo é baixar o programa através desse link. Depois, copie-o para o diretório dos sketchbooks. No meu caso, a IDE do Arduino está salvando os projetos em ~/Arduino (no Linux). O caminho padrão para o Windows é Documents\Arduino. Dentro do diretório de sketches deve-se criar outros dois níveis de diretório, sendo ArduBlockTool/tool. Atente-se ao case, as letras em maiúsculo devem permanecer em maiúsculo.
Após, abra a IDE do Arduino e no menu Ferramentas deverá aparecer a opção ArduBlock. Pronto.
Para testar, também fiz um blink e print na serial. A lógica é a mesma do artigo anterior, portanto a imagem a seguir é apenas para uma comparação visual, para ver a diferença dos blocos e da composição da lógica. No vídeo mostrarei mais sobre a interatividade.
O resultado é o da imagem a seguir:
Assim que eu concluir a apresentação das IDEs para programação em bloco, farei um vídeo apresentando todas elas. Se não é inscrito, inscreva-se em nosso canal DobitaobyteBrasil no Youtube e clique no sininho para receber notificações.
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Autor do blog "Do bit Ao Byte / Manual do Maker".
Viciado em embarcados desde 2006.
LinuxUser 158.760, desde 1997.